Creio que este primeiro semestre foi muito positivo em minha vida.Este período no Seminário São José em Rio Negrinho, meu ingresso na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, tudo isto foi muito bom.
Destaco alguns momentos deste primeiro semstre:
O primeiro Chinfrin (festinha realizada periodicamente para delebrar datasespeciais) logo em fevereiro;
A festa do padroeiro São José, com Missa presidida pelo Padre Léo Heck scj, superior provincial da Província Brasil Meridional dos dehonianos;
A Ceia judaio-cristã, realizada após a Páscoa...
A comemoração do Dia das Mães;
A Festa do Sagrado Coração de Jesus em Corupá;
A minha pastoral na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em São Bento do Sul com todas as coisas que a envolvem (em particular os padres Jair e Pedro, o grupo de jovens MOJOX;
Todos e todas que trabalham ou estão envolvidos no Seminário São José.
Os formadores: Padre Ségio, Padre Marcos, Padre Alírio, Frater Giorgio, Irmão Afonso.
Meus companheiros:
Do Seminário Menor:José, Vinicius, Hugo, Vitor, Itamar, Fernando, Jeferson, Edgar, Rafael, Adriano.
Do Propedêutico:Ivan, Élcio, John, Felipe, Eduardo, Alisson, Ricardo Antônio.
Apesar de um ou outro problema, penso que nossa convivência está muito boa e espero que seja melhor no segundo semestre. Formamos família e com todos me preocupo, com todos quero estar bem.
Ser tudo para todos.
Vivat Cor Iesu. Viva o Coração de Jesus!
Eu, Ricardo Becker Maçaneiro, criei este blog para compartilhar minhas experiências.
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sábado, 30 de julho de 2011
Meninos que veem pornografia tem mais probabilidade de incomodar meninas
Hilary White
3 de fevereiro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Meninos que vêem pornografia regularmente têm mais probabilidade de ter relações sexuais e perturbar as meninas na escola, revelou um novo estudo. Michael Flood, pesquisador do Centro Australiano de Pesquisa de Sexo, Saúde e Sociedade, da Universidade La Trobe, disse que a exposição de crianças à pornografia resulta numa “ampla variedade de efeitos importantes e muitas vezes preocupantes”.
“A exposição à pornografia”, escreveu Flood, “ajuda a sustentar a fidelidade dos mais jovens a noções sexistas e prejudiciais acerca do sexo”.
Flood, um sociólogo australiano da Universidade de Wollongong, disse que isso se aplica principalmente a meninos e homens que usam pornografia freqüentemente. Com materiais mais violentos, “o consumo intensifica atitudes que apóiam a coerção sexual e aumenta sua probabilidade de cometer agressões”.
“Embora crianças e jovens sejam seres sexuais e mereçam materiais apropriados para suas idades acerca do sexo e sexualidade, a pornografia é um educador sexual medíocre e realmente perigoso”, disse ele.
Em outubro do ano passado, o Instituto de Criminologia do governo australiano publicou um estudo que diz que “é bem elevada” a probabilidade de que um jovem seja exposto à pornografia antes da idade legal.
“Existem preocupações, entre pais e formuladores de políticas públicas, de que a exposição prematura e generalizada à pornografia está mudando a natureza das atitudes, condutas e relacionamentos sexuais íntimos e potencialmente contribuindo para a violência sexual na sociedade”, escreveu Judy Putt, a gerente geral de pesquisa do Instituto.
“A proliferação de materiais pornográficos e seu acesso fácil são tais que não é uma questão de se um jovem será exposto à pornografia, mas quando”. Jovens estão sendo “inundados” de “informações sexuais”, escreveu Putt, “antes de terem o desenvolvimento e capacidade de integrá-las numa saudável identidade sexual”.
Uma pesquisa de 2003 feita por telefone com 200 jovens australianos entre as idades de 16 e 17 revelou que 73 por cento dos rapazes foram expostos a vídeos pornográficos, com 5 por cento expostos semanalmente e 16 por cento expostos três a quatro vezes por semana. A pesquisa revelou que 84 por cento dos rapazes foram acidentalmente expostos à pornografia na internet, com 38 por cento usando a pornografia de internet deliberadamente. Isso foi comparado com dois por cento das mulheres que usam a internet para ver pornografia.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Santa Sé: pais têm direito a ensinar sexualidade
NOVA YORK, sexta-feira, 29 de julho, 2011 (ZENIT.org) – A política da ONU sobre a juventude deverá respeitar o direito dos pais de educar seus filhos, incluindo a questão da sexualidade humana e "saúde reprodutiva", afirma um representante da Santa Sé.
Dom Francis Chullikatt, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse isso em seu discurso na recente reunião de alto nível das Nações Unidas sobre a juventude.
"Todos os jovens devem ser educados no ambiente em que podem crescer e aprender, isto é, numa comunidade e sociedade caracterizada pela paz e a harmonia, livre de violência e discórdia. Cada um dos filhos, para desfrutar de um desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em uma atmosfera de felicidade, amor e compreensão”, disse o arcebispo.
O representante da Santa Sé explicou que esse tipo de ambiente "promoverá o bem e a responsabilidade do cidadão, que é essencial para o bem comum da humanidade".
A responsabilidade e o respeito pelos outros é aprendido em uma família, disse Dom Chullikatt.
"A família desempenha um papel importante na educação das crianças, no desenvolvimento de suas habilidades e na formação e aquisição de valores éticos e espirituais que estejam profundamente enraizados na paz, liberdade e dignidade e igualdade de todos os homens e mulheres”, afirmou.
"A família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é o grupo de união fundamental da sociedade, e o Estado e a sociedade devem garantir sua proteção."
Educação
O arcebispo, de 58 anos, lembrou à ONU que "os pais – pai e mãe juntos – têm a responsabilidade primeira de educar e ajudar os seus filhos a crescerem, para se tornarem bons cidadãos e líderes."
"Os pais não podem esquivar desta responsabilidade", disse.
E os Estados – acrescentou o prelado – "são chamados, de acordo com instrumentos internacionais, a respeitar essas responsabilidades, direitos e deveres dos pais neste sentido."
"As políticas de juventude, programas, planos de ação e compromissos assumidos pelos Estados membros devem respeitar plenamente o papel dos pais no bem-estar de seus filhos e sua educação", disse o representante da Santa Sé, "incluindo a questão da sexualidade humana e a chamada ‘saúde reprodutiva’, que não deveria incluir o aborto.”
Dom Francis Chullikatt, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, disse isso em seu discurso na recente reunião de alto nível das Nações Unidas sobre a juventude.
"Todos os jovens devem ser educados no ambiente em que podem crescer e aprender, isto é, numa comunidade e sociedade caracterizada pela paz e a harmonia, livre de violência e discórdia. Cada um dos filhos, para desfrutar de um desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em uma atmosfera de felicidade, amor e compreensão”, disse o arcebispo.
O representante da Santa Sé explicou que esse tipo de ambiente "promoverá o bem e a responsabilidade do cidadão, que é essencial para o bem comum da humanidade".
A responsabilidade e o respeito pelos outros é aprendido em uma família, disse Dom Chullikatt.
"A família desempenha um papel importante na educação das crianças, no desenvolvimento de suas habilidades e na formação e aquisição de valores éticos e espirituais que estejam profundamente enraizados na paz, liberdade e dignidade e igualdade de todos os homens e mulheres”, afirmou.
"A família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, é o grupo de união fundamental da sociedade, e o Estado e a sociedade devem garantir sua proteção."
Educação
O arcebispo, de 58 anos, lembrou à ONU que "os pais – pai e mãe juntos – têm a responsabilidade primeira de educar e ajudar os seus filhos a crescerem, para se tornarem bons cidadãos e líderes."
"Os pais não podem esquivar desta responsabilidade", disse.
E os Estados – acrescentou o prelado – "são chamados, de acordo com instrumentos internacionais, a respeitar essas responsabilidades, direitos e deveres dos pais neste sentido."
"As políticas de juventude, programas, planos de ação e compromissos assumidos pelos Estados membros devem respeitar plenamente o papel dos pais no bem-estar de seus filhos e sua educação", disse o representante da Santa Sé, "incluindo a questão da sexualidade humana e a chamada ‘saúde reprodutiva’, que não deveria incluir o aborto.”
Um agradecimento devido há muito tempo
Por Elizabeth Lev
ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011 (ZENIT.org) – No verão, quando o calor aperta e os turistas avançam em tropel sobre a Cidade Eterna, é comum ouvir queixas contra os papas e seu legado. Isso pode ter a ver com a nova série de televisão Os Bórgias, sobre um dos mais polêmicos sucessores de Pedro, o Papa Alexandre VI. Talvez seja o mecanismo de defesa do cinismo diante de tanta história e grandeza. Seja como for, sempre me deprime nesta época do ano ouvir comentários depreciativos e ignorantes sobre uma instituição cujos frutos fazem de Roma uma das cidades turísticas mais populares do mundo: de 7 a 10 milhões de pessoas por ano. Se o papado fez Roma virar uma atividade turística das mais apreciadas, e transformou a Cidade Eterna em um dos maiores alvos das fotografias, será que não lhe devemos um pouco de gratidão?
Nesta semana eu pensei que seria bom relembrar como o papado contribuiu com esta cidade e o quanto ela foi enriquecida pelas peregrinações passadas e pelas férias presentes. Já que o número da sorte romano é o sete, farei uma lista de sete exemplos.
1) Ruas retas e obeliscos. A queda do Império Romano viu seus sobreviventes abandonarem a área do Foro e as sete colinas que a rodeiam, para se aninharem num pequeno trecho perto do rio Tibre conhecido como o Campo de Marte. Usando as estruturas e alicerces já existentes, os romanos encheram aquele espaço com mistura de lojas, palácios, igrejas e mercados. O labirinto de ruelas do Campo de Marte contrastava amplamente com as velhas áreas habitadas da antiguidade, onde havia campos vazios com ruínas esparsas.
Os peregrinos que iam para Roma desde o século VIII se perdiam no labirinto confuso tanto quanto num campo aberto. Na Idade Média, o papado começou a cortar as ruas com vielas sinuosas como a Via do Peregrino e a Via dei Coronari (a rua dos vendedores de terços), que levavam com facilidade os peregrinos até as áreas históricas da Basílica de São Pedro.
Os papas do Renascimento melhoraram as coisas, concedendo à cidade a majestosa Piazza del Popolo e o tridente de ruas que levam às três áreas mais importantes da cidade - um sistema que foi copiado depois por Paris e Barcelona. Também construíram a elegante avenida da Via Giulia - a Quinta Avenida do século XVI. O Papa Sisto V, porém, fez as ruas facilitarem a orientação dos peregrinos. A rua que conecta a Igreja da Santa Cruz com São João de Latrão e a basílica de Santa Maria Maior com a Praça da Espanha foi uma façanha sua; ele também pavimentou estradas que levavam aos campos abertos, para deixar mais acessíveis os Lugares Santos. Para ajudar os peregrinos a encontrar o caminho, ele restaurou os obeliscos quebrados, longínquos troféus das conquistas romanas no Egito, havia muito tempo em estado de ruína, e os colocou nos lugares mais importantes. Podiam ser vistos de longa distância: o obelisco de São João de Latrão era visto de Santa Maria Maior, por exemplo, servindo como farol. Um plano de urbanismo e de reciclagem sagaz. Não são qualidades admiradas hoje em dia?
2) Conservação de antiguidades. Pensem em todas as fotos que têm ao fundo os antigos monumentos de Roma. Onde estariam o Panteão, o Coliseu e mesmo a antiga cúria romana sem os cuidados do papado? O Panteão, com seus mármores, granitos e bronze, construído nos terrenos pantanosos do Campo de Marte, teria sido arruinado se o papado não tivesse transformado antigos templos pagãos em lugares de culto cristãos, como quando Bonifácio IV pediu ao imperador bizantino Phocas a permissão para transformar o Panteão numa igreja, em 13 de maio de 609.
O anfiteatro Flávio, ou Coliseu, fora ocupado pela família romana Frangipane desde o século VI até o XI, e era usado como fortaleza. Um decreto papal reclamou-o, junto com outros grandes monumentos do passado, e tirou-o das mãos privadas que estavam levando suas estruturas a ruir. Quando um terremoto devastou o anfiteatro em 1349, ele serviu praticamente como pedreira para a reconstrução de Roma após a volta do papa de Avignon. Em 1754, porém, o papa Clemente XIV declarou o lugar como martyrium e proibiu os desmantelamentos do edifício. Seus sucessores, Pio VII e Gregório XVI, construíram dois suportes que até hoje mantêm o edifício em pé. Os templos intactos que agora visitamos foram preservados graças ao cuidado, financiamento e atenção da Igreja romana, que, apesar do problemático passado daquelas construções, considerou-as merecedoras de uma nova vida a serviço de Deus.
3) Igrejas... Quantas vezes turistas cansados acharam fôlego ao fugir do calor e do caos das ruas numa das frescas igrejas de Roma? As centenas de igrejas construídas na cidade albergaram ordens religiosas, deram lar espiritual em Roma a diversas nacionalidades, ou simplesmente acomodaram as muitas paróquias da diocese do papa. Também são lugares para sentar-se ao ar condicionado natural das grandes estruturas de pedra. As basílicas papais, em particular, permanecem abertas de 7 da manhã a 7 da tarde, equipadas com serviços gratuitos, diferentemente das igrejas de Veneza e de Florença. E o turista não é abordado por um religioso ou religiosa proselitista em troca do serviço gratuito; em vez disto, ele se vê rodeado por obras de arte de Rafael em Santo Agostinho, Caravaggio em São Luís dos Franceses ou Filippino Lippi em Santa Maria sopra Minerva. Estas pinturas valiosas, pelas quais seria cobrado ingresso em qualquer museu, são agora a única evangelização que as igrejas romanas oferecem: a possibilidade de contemplar a Verdade através da grande beleza e até do conforto.
4) Aquedutos. O fluxo espetacular de água que dá vida, refresca e revitaliza a cidade também é um presente do papado. A grande tradição dos aquedutos foi iniciada pelos antigos romanos, que ofereceram água fresca à população através de aquedutos extensos, de até 60 milhas. Esses grandes aquedutos foram destruídos durante a época das invasões bárbaras, junto com a tecnologia que os criou. O papado renascentista recuperou os grandes esforços do passado de Roma, restaurando os antigos aquedutos e construindo alguns novos.
Em 1543, Nicolau V restautou o Aqua Vergina, a primeira construção de Agripa, seguido por um novo aqueduto, o Aqua Felice, construído pelo Papa Sixto V, em 1586. Mais dois papas acrescentaram aquedutos, oferecendo a Roma um fluxo constante de água que ainda hoje os romanos e os turistas podem desfrutar em qualquer das fontes da cidade. Os papas também embelezaram Roma com suas magníficas fontes: Trevi, a fonte dos quatro rios na Piazza Navona, a fonte do barco na Piazza de Espanha e muitas mais. Beleza, prazer e descanso, tudo grátis... alguém pede mais?
5) Museus. Os grandes museus que nos ajudam a passar as horas, desde o sorvete até o espaguete all'amatriciana, são o fruto da generosidade papal. As coleções papais do Museu Vaticano, de renome mundial, além de vários tesouros da arte romana, não existiriam sem o papado. O Papa Sixto IV abriu o primeiro museu público do mundo em 1471, quando doou 5 esculturas de bronze preservadas desde a antiguidade ao povo romano, abrigando-as no palácio dos Conservadores, na colina Capitolina. Este lugar, ainda conhecido como Museu Capitolino, melhorou durante os séculos com centenas de presentes dos papas, de modo que a Loba e o Spinario da coleção original estão agora flanqueados pela estátua equestre de Marco Aurelio, o Galo moribundo e a famosa Venus Capitolina.
6) Hospitais e Albergues. A descrição do trabalho do papa centra-se mais no cuidado espiritual de seu rebanho, no entanto, o romano pontífice também sempre entendeu a necessidades corporais de seu rebanho. Os papa também prepararam instalações para assegurar que ninguém ficasse sem cuidado ou atenção.
O hospital de Santo Spirito, construído pelo Papa Sixto IV, em 1480, próximo do Vaticano, tratou não só enfermos romanos, mas qualquer peregrino que ficasse doente durante sua viagem a Roma. O papado construíu a Trinità dei Pellegrini, onde eram oferecidos aos peregrinos cama, comida, consolo ou ajuda. Durante o ano jubilar de 1600, a Trinità dei Pellegrini atendeu
as necessidades de 145.000 peregrinos. Este espírito de boas-vindas ainda se pode encontrar nas dezenas de conventos que oferecem lugares econômicos para os peregrinos, nos milhares de pontos de informação de toda a cidade e na afável vontade de qualquer sacerdote da cúria que detém suas atividades para abençoar os peregrinos e seus rosários.
7) Orações. O último presente dos papas, que continua existindo hoje, são suas orações por nossa segurança, nosso desfrute e, o mais importante, para que nossos corações se abram a Deus nesta antiga e santa cidade.
Talvez durante nosso desfrute de compras e turismo, pudéramos ser o suficientemente amáveis para fazer uma pausa e recordar tudo que o papado fez pela cidade. Uma oração de gratidão e um pedido pelo romano pontífice são o mínimo que podemos fazer para agradecer pelas muitas bênçãos que recebemos de suas mãos.
--- --- ---
* Elizabeth Lev leciona Arte e Arquitetura Cristãs no campus italiano da Duquesne University e no programa de Estudos Católicos da Universidade San Tommaso.
ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011 (ZENIT.org) – No verão, quando o calor aperta e os turistas avançam em tropel sobre a Cidade Eterna, é comum ouvir queixas contra os papas e seu legado. Isso pode ter a ver com a nova série de televisão Os Bórgias, sobre um dos mais polêmicos sucessores de Pedro, o Papa Alexandre VI. Talvez seja o mecanismo de defesa do cinismo diante de tanta história e grandeza. Seja como for, sempre me deprime nesta época do ano ouvir comentários depreciativos e ignorantes sobre uma instituição cujos frutos fazem de Roma uma das cidades turísticas mais populares do mundo: de 7 a 10 milhões de pessoas por ano. Se o papado fez Roma virar uma atividade turística das mais apreciadas, e transformou a Cidade Eterna em um dos maiores alvos das fotografias, será que não lhe devemos um pouco de gratidão?
Nesta semana eu pensei que seria bom relembrar como o papado contribuiu com esta cidade e o quanto ela foi enriquecida pelas peregrinações passadas e pelas férias presentes. Já que o número da sorte romano é o sete, farei uma lista de sete exemplos.
1) Ruas retas e obeliscos. A queda do Império Romano viu seus sobreviventes abandonarem a área do Foro e as sete colinas que a rodeiam, para se aninharem num pequeno trecho perto do rio Tibre conhecido como o Campo de Marte. Usando as estruturas e alicerces já existentes, os romanos encheram aquele espaço com mistura de lojas, palácios, igrejas e mercados. O labirinto de ruelas do Campo de Marte contrastava amplamente com as velhas áreas habitadas da antiguidade, onde havia campos vazios com ruínas esparsas.
Os peregrinos que iam para Roma desde o século VIII se perdiam no labirinto confuso tanto quanto num campo aberto. Na Idade Média, o papado começou a cortar as ruas com vielas sinuosas como a Via do Peregrino e a Via dei Coronari (a rua dos vendedores de terços), que levavam com facilidade os peregrinos até as áreas históricas da Basílica de São Pedro.
Os papas do Renascimento melhoraram as coisas, concedendo à cidade a majestosa Piazza del Popolo e o tridente de ruas que levam às três áreas mais importantes da cidade - um sistema que foi copiado depois por Paris e Barcelona. Também construíram a elegante avenida da Via Giulia - a Quinta Avenida do século XVI. O Papa Sisto V, porém, fez as ruas facilitarem a orientação dos peregrinos. A rua que conecta a Igreja da Santa Cruz com São João de Latrão e a basílica de Santa Maria Maior com a Praça da Espanha foi uma façanha sua; ele também pavimentou estradas que levavam aos campos abertos, para deixar mais acessíveis os Lugares Santos. Para ajudar os peregrinos a encontrar o caminho, ele restaurou os obeliscos quebrados, longínquos troféus das conquistas romanas no Egito, havia muito tempo em estado de ruína, e os colocou nos lugares mais importantes. Podiam ser vistos de longa distância: o obelisco de São João de Latrão era visto de Santa Maria Maior, por exemplo, servindo como farol. Um plano de urbanismo e de reciclagem sagaz. Não são qualidades admiradas hoje em dia?
2) Conservação de antiguidades. Pensem em todas as fotos que têm ao fundo os antigos monumentos de Roma. Onde estariam o Panteão, o Coliseu e mesmo a antiga cúria romana sem os cuidados do papado? O Panteão, com seus mármores, granitos e bronze, construído nos terrenos pantanosos do Campo de Marte, teria sido arruinado se o papado não tivesse transformado antigos templos pagãos em lugares de culto cristãos, como quando Bonifácio IV pediu ao imperador bizantino Phocas a permissão para transformar o Panteão numa igreja, em 13 de maio de 609.
O anfiteatro Flávio, ou Coliseu, fora ocupado pela família romana Frangipane desde o século VI até o XI, e era usado como fortaleza. Um decreto papal reclamou-o, junto com outros grandes monumentos do passado, e tirou-o das mãos privadas que estavam levando suas estruturas a ruir. Quando um terremoto devastou o anfiteatro em 1349, ele serviu praticamente como pedreira para a reconstrução de Roma após a volta do papa de Avignon. Em 1754, porém, o papa Clemente XIV declarou o lugar como martyrium e proibiu os desmantelamentos do edifício. Seus sucessores, Pio VII e Gregório XVI, construíram dois suportes que até hoje mantêm o edifício em pé. Os templos intactos que agora visitamos foram preservados graças ao cuidado, financiamento e atenção da Igreja romana, que, apesar do problemático passado daquelas construções, considerou-as merecedoras de uma nova vida a serviço de Deus.
3) Igrejas... Quantas vezes turistas cansados acharam fôlego ao fugir do calor e do caos das ruas numa das frescas igrejas de Roma? As centenas de igrejas construídas na cidade albergaram ordens religiosas, deram lar espiritual em Roma a diversas nacionalidades, ou simplesmente acomodaram as muitas paróquias da diocese do papa. Também são lugares para sentar-se ao ar condicionado natural das grandes estruturas de pedra. As basílicas papais, em particular, permanecem abertas de 7 da manhã a 7 da tarde, equipadas com serviços gratuitos, diferentemente das igrejas de Veneza e de Florença. E o turista não é abordado por um religioso ou religiosa proselitista em troca do serviço gratuito; em vez disto, ele se vê rodeado por obras de arte de Rafael em Santo Agostinho, Caravaggio em São Luís dos Franceses ou Filippino Lippi em Santa Maria sopra Minerva. Estas pinturas valiosas, pelas quais seria cobrado ingresso em qualquer museu, são agora a única evangelização que as igrejas romanas oferecem: a possibilidade de contemplar a Verdade através da grande beleza e até do conforto.
4) Aquedutos. O fluxo espetacular de água que dá vida, refresca e revitaliza a cidade também é um presente do papado. A grande tradição dos aquedutos foi iniciada pelos antigos romanos, que ofereceram água fresca à população através de aquedutos extensos, de até 60 milhas. Esses grandes aquedutos foram destruídos durante a época das invasões bárbaras, junto com a tecnologia que os criou. O papado renascentista recuperou os grandes esforços do passado de Roma, restaurando os antigos aquedutos e construindo alguns novos.
Em 1543, Nicolau V restautou o Aqua Vergina, a primeira construção de Agripa, seguido por um novo aqueduto, o Aqua Felice, construído pelo Papa Sixto V, em 1586. Mais dois papas acrescentaram aquedutos, oferecendo a Roma um fluxo constante de água que ainda hoje os romanos e os turistas podem desfrutar em qualquer das fontes da cidade. Os papas também embelezaram Roma com suas magníficas fontes: Trevi, a fonte dos quatro rios na Piazza Navona, a fonte do barco na Piazza de Espanha e muitas mais. Beleza, prazer e descanso, tudo grátis... alguém pede mais?
5) Museus. Os grandes museus que nos ajudam a passar as horas, desde o sorvete até o espaguete all'amatriciana, são o fruto da generosidade papal. As coleções papais do Museu Vaticano, de renome mundial, além de vários tesouros da arte romana, não existiriam sem o papado. O Papa Sixto IV abriu o primeiro museu público do mundo em 1471, quando doou 5 esculturas de bronze preservadas desde a antiguidade ao povo romano, abrigando-as no palácio dos Conservadores, na colina Capitolina. Este lugar, ainda conhecido como Museu Capitolino, melhorou durante os séculos com centenas de presentes dos papas, de modo que a Loba e o Spinario da coleção original estão agora flanqueados pela estátua equestre de Marco Aurelio, o Galo moribundo e a famosa Venus Capitolina.
6) Hospitais e Albergues. A descrição do trabalho do papa centra-se mais no cuidado espiritual de seu rebanho, no entanto, o romano pontífice também sempre entendeu a necessidades corporais de seu rebanho. Os papa também prepararam instalações para assegurar que ninguém ficasse sem cuidado ou atenção.
O hospital de Santo Spirito, construído pelo Papa Sixto IV, em 1480, próximo do Vaticano, tratou não só enfermos romanos, mas qualquer peregrino que ficasse doente durante sua viagem a Roma. O papado construíu a Trinità dei Pellegrini, onde eram oferecidos aos peregrinos cama, comida, consolo ou ajuda. Durante o ano jubilar de 1600, a Trinità dei Pellegrini atendeu
as necessidades de 145.000 peregrinos. Este espírito de boas-vindas ainda se pode encontrar nas dezenas de conventos que oferecem lugares econômicos para os peregrinos, nos milhares de pontos de informação de toda a cidade e na afável vontade de qualquer sacerdote da cúria que detém suas atividades para abençoar os peregrinos e seus rosários.
7) Orações. O último presente dos papas, que continua existindo hoje, são suas orações por nossa segurança, nosso desfrute e, o mais importante, para que nossos corações se abram a Deus nesta antiga e santa cidade.
Talvez durante nosso desfrute de compras e turismo, pudéramos ser o suficientemente amáveis para fazer uma pausa e recordar tudo que o papado fez pela cidade. Uma oração de gratidão e um pedido pelo romano pontífice são o mínimo que podemos fazer para agradecer pelas muitas bênçãos que recebemos de suas mãos.
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* Elizabeth Lev leciona Arte e Arquitetura Cristãs no campus italiano da Duquesne University e no programa de Estudos Católicos da Universidade San Tommaso.
Pio XII salvou 11.000 judeus romanos
Por Jesús Colina
ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Conforme documentação descoberta recentemente por historiadores, a ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.000 judeus em Roma durante a II Guerra Mundial.
O representante da fundação Pave the Way na Alemanha, o historiador e pesquisador Michael Hesemann, descobriu muitos documentos originais de grande importância ao pesquisar os arquivos da igreja de Santa Maria dell'Anima, a igreja nacional da Alemanha em Roma.
A Pave the Way, com sede nos Estados Unidos, fundada pelo judeu Gary Krupp, anunciou o achado em declaração enviada a ZENIT.
“Muitos criticaram Pio XII por guardar silêncio durante as prisões e quando os trens partiram de Roma com 1.007 judeus, que foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz”, declarou Krupp. “Os críticos não reconhecem nem sequer a intervenção direta de Pio XII para dar fim às prisões, em 16 de outubro de 1943”.
“Novos achados provam que Pio XII agiu diretamente nos bastidores para impedir as prisões às 2 horas da tarde do mesmo dia em que elas começaram, mas não conseguiu deter o trem que tinha aquele destino tão cruel”, acrescentou.
Segundo um estudo recente do pesquisador Dominiek Oversteyns, havia em Roma 12.428 judeus no dia 16 de outubro de 1943.
“A ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.400 judeus”, explica Krupp. “Na manhã de 16 de outubro de 1943, quando o papa soube da prisão dos judeus, enviou imediatamente um protesto oficial vaticano ao embaixador alemão, que sabia que não teria resultado algum. O pontífice mandou então seu sobrinho, o príncipe Carlo Pacelli, até o bispo austríaco Alois Hudal, cabeça da igreja nacional alemã em Roma, que, conforme relatos, tinha boas relações com os nazistas. O príncipe Pacelli disse a Hudal que tinha sido enviado pelo papa e que Hudal devia escrever uma carta ao governador alemão de Roma, o general Stahel, pedindo que as prisões fossem canceladas”.
A carta do bispo Hudal ao Generale Stahel dizia: “Precisamente agora, uma fonte vaticana [...] me informou que nesta manhã começou a prisão dos judeus de nacionalidade italiana. No interesse de um diálogo pacífico entre o Vaticano e o comando militar alemão, peço-lhe urgentemente que dê ordem para parar imediatamente estas prisões em Roma e nas regiões circundantes. A reputação da Alemanha nos países estrangeiros exige esta medida, assim como o perigo de que o papa proteste abertamente”.
A carta foi entregue em mãos ao general Stahel por um emissário de confiança do papa Pio XII, o sacerdote alemão Pancratius Pfeiffer, superior geral da Sociedade do Divino Salvador, que conhecia Stahel pessoalmente.
Na manhã seguinte, o general respondeu ao telefone: “Transmiti imediatamente a questão à Gestapo local e a Himmler pessoalmente. E Himmler ordenou que, considerado o status especial de Roma, as prisões sejam interrompidas imediatamente”.
Estes fatos são confirmados também pelo testemunho obtido durante a pesquisa do relator da causa de beatificação de Pio XII, o padre jesuíta Peter Gumpel.
Gumpel declarou ter falado pessoalmente com o general Dietrich Beelitz, que era o oficial de ligação entre o escritório de Kesselring e o comando de Hitler. O general Beelitz ouviu a conversa telefônica entre Stahel e Himmler e confirmou que o general Stahel tinha usado com Himmler a ameaça de um fracasso militar se as prisões continuassem.
Institutos religiosos isentos de inspeções nazistas
Outro documento, “As ações para salvar inumeráveis pessoas da nação judaica”, afirma que o bispo Hudal conseguiu, através dos contatos com Stahel e com o coronel von Veltheim, que “550 instituições e colégios religiosos ficassem isentos de inspeções e visitas da polícia militar alemã”.
Só numa destas estruturas, o Instituto San Giuseppe, 80 judeus estavam escondidos.
A nota menciona também a participação “em grande medida” do príncipe Carlo Pacelli, sobrinho de Pio XII. “Os soldados alemães eram muito disciplinados e respeitavam a assinatura de um alto oficial alemão... Milhares de judeus locais em Roma, Assis, Loreto, Pádua e outras cidades foram salvos graças a esta declaração”.
Michael Hesemann afirma que é óbvio que qualquer protesto público do papa quando o trem partiu teria provocado o recomeço das prisões.
Ele ainda explica que a fundação Pave the Way tem no seu site a ordem original das SS de prender 8.000 judeus romanos, que deveriam ser enviados para o campo de trabalho de Mauthausen e ser retidos como reféns, e não para o campo de concentração de Auschwitz. Pode-se pensar que o Vaticano acreditasse em negociar a libertação deles.
Soube-se também que o Vaticano reconheceu que o bispo Hudal ajudou alguns criminosos de guerra nazistas a fugir da prisão no fim do conflito.
Por causa de sua postura política, o bispo era persona non grata no Vaticano, e foi repreendido por escrito pelo secretário de Estado vaticano, o cardeal Giovanni Battista Montini (futuro papa Paulo VI), por sugerir que o Vaticano ajudasse os nazistas a fugir.
Gary Krupp, diretor geral da Pave the Way, comentou que a fundação “investiu grandes recursos para obter e difundir publicamente todas estas informações para historiadores e peritos. Curiosamente, nenhum dos maiores críticos do papa Pio XII se deu ao trabalho de vir até os Arquivos Vaticanos abertos (e abertos completamente, desde 2006, até o ano de 1939) para fazer estudos originais. Também não consultaram o nosso site gratuito”.
Krupp afirma ter a sincera esperança de que os representantes dos peritos da comunidade judaica romana pesquisem o material original, que se encontra a poucos passos de sua casa.
“Creio que descobriram que mesma existência hoje da que o papa Pio XII chamava ‘esta vibrante comunidade’ deve-se aos esforços secretos deste papa para salvar cada vida”, disse. “Pio XII fez o que pôde, quando estava sob a ameaça de invasão, de morte, cercado por forças hostis e com espiões infiltrados”.
Elliot Hershberg, presidente da Pave the Way Foundation, acrescenta: “No serviço de nossa missão, nos empenhamos em tentar oferecer uma solução para esta controvérsia, que atinge mais de 1 bilhão de pessoas”.
“Temos usado nossos links internacionais para obter e inserir em nosso site 46.000 páginas de documentos originais, artigos originais, testemunhos oculares e entrevistas com especialistas para oferecer esta documentação pronta a historiadores e especialistas.”
“A publicidade internacional deste projeto tem levado, a cada semana, nova documentação, que mostra como estamos nos movendo para eliminar o bloqueio acadêmico que existe desde 1963.”
ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Conforme documentação descoberta recentemente por historiadores, a ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.000 judeus em Roma durante a II Guerra Mundial.
O representante da fundação Pave the Way na Alemanha, o historiador e pesquisador Michael Hesemann, descobriu muitos documentos originais de grande importância ao pesquisar os arquivos da igreja de Santa Maria dell'Anima, a igreja nacional da Alemanha em Roma.
A Pave the Way, com sede nos Estados Unidos, fundada pelo judeu Gary Krupp, anunciou o achado em declaração enviada a ZENIT.
“Muitos criticaram Pio XII por guardar silêncio durante as prisões e quando os trens partiram de Roma com 1.007 judeus, que foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz”, declarou Krupp. “Os críticos não reconhecem nem sequer a intervenção direta de Pio XII para dar fim às prisões, em 16 de outubro de 1943”.
“Novos achados provam que Pio XII agiu diretamente nos bastidores para impedir as prisões às 2 horas da tarde do mesmo dia em que elas começaram, mas não conseguiu deter o trem que tinha aquele destino tão cruel”, acrescentou.
Segundo um estudo recente do pesquisador Dominiek Oversteyns, havia em Roma 12.428 judeus no dia 16 de outubro de 1943.
“A ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.400 judeus”, explica Krupp. “Na manhã de 16 de outubro de 1943, quando o papa soube da prisão dos judeus, enviou imediatamente um protesto oficial vaticano ao embaixador alemão, que sabia que não teria resultado algum. O pontífice mandou então seu sobrinho, o príncipe Carlo Pacelli, até o bispo austríaco Alois Hudal, cabeça da igreja nacional alemã em Roma, que, conforme relatos, tinha boas relações com os nazistas. O príncipe Pacelli disse a Hudal que tinha sido enviado pelo papa e que Hudal devia escrever uma carta ao governador alemão de Roma, o general Stahel, pedindo que as prisões fossem canceladas”.
A carta do bispo Hudal ao Generale Stahel dizia: “Precisamente agora, uma fonte vaticana [...] me informou que nesta manhã começou a prisão dos judeus de nacionalidade italiana. No interesse de um diálogo pacífico entre o Vaticano e o comando militar alemão, peço-lhe urgentemente que dê ordem para parar imediatamente estas prisões em Roma e nas regiões circundantes. A reputação da Alemanha nos países estrangeiros exige esta medida, assim como o perigo de que o papa proteste abertamente”.
A carta foi entregue em mãos ao general Stahel por um emissário de confiança do papa Pio XII, o sacerdote alemão Pancratius Pfeiffer, superior geral da Sociedade do Divino Salvador, que conhecia Stahel pessoalmente.
Na manhã seguinte, o general respondeu ao telefone: “Transmiti imediatamente a questão à Gestapo local e a Himmler pessoalmente. E Himmler ordenou que, considerado o status especial de Roma, as prisões sejam interrompidas imediatamente”.
Estes fatos são confirmados também pelo testemunho obtido durante a pesquisa do relator da causa de beatificação de Pio XII, o padre jesuíta Peter Gumpel.
Gumpel declarou ter falado pessoalmente com o general Dietrich Beelitz, que era o oficial de ligação entre o escritório de Kesselring e o comando de Hitler. O general Beelitz ouviu a conversa telefônica entre Stahel e Himmler e confirmou que o general Stahel tinha usado com Himmler a ameaça de um fracasso militar se as prisões continuassem.
Institutos religiosos isentos de inspeções nazistas
Outro documento, “As ações para salvar inumeráveis pessoas da nação judaica”, afirma que o bispo Hudal conseguiu, através dos contatos com Stahel e com o coronel von Veltheim, que “550 instituições e colégios religiosos ficassem isentos de inspeções e visitas da polícia militar alemã”.
Só numa destas estruturas, o Instituto San Giuseppe, 80 judeus estavam escondidos.
A nota menciona também a participação “em grande medida” do príncipe Carlo Pacelli, sobrinho de Pio XII. “Os soldados alemães eram muito disciplinados e respeitavam a assinatura de um alto oficial alemão... Milhares de judeus locais em Roma, Assis, Loreto, Pádua e outras cidades foram salvos graças a esta declaração”.
Michael Hesemann afirma que é óbvio que qualquer protesto público do papa quando o trem partiu teria provocado o recomeço das prisões.
Ele ainda explica que a fundação Pave the Way tem no seu site a ordem original das SS de prender 8.000 judeus romanos, que deveriam ser enviados para o campo de trabalho de Mauthausen e ser retidos como reféns, e não para o campo de concentração de Auschwitz. Pode-se pensar que o Vaticano acreditasse em negociar a libertação deles.
Soube-se também que o Vaticano reconheceu que o bispo Hudal ajudou alguns criminosos de guerra nazistas a fugir da prisão no fim do conflito.
Por causa de sua postura política, o bispo era persona non grata no Vaticano, e foi repreendido por escrito pelo secretário de Estado vaticano, o cardeal Giovanni Battista Montini (futuro papa Paulo VI), por sugerir que o Vaticano ajudasse os nazistas a fugir.
Gary Krupp, diretor geral da Pave the Way, comentou que a fundação “investiu grandes recursos para obter e difundir publicamente todas estas informações para historiadores e peritos. Curiosamente, nenhum dos maiores críticos do papa Pio XII se deu ao trabalho de vir até os Arquivos Vaticanos abertos (e abertos completamente, desde 2006, até o ano de 1939) para fazer estudos originais. Também não consultaram o nosso site gratuito”.
Krupp afirma ter a sincera esperança de que os representantes dos peritos da comunidade judaica romana pesquisem o material original, que se encontra a poucos passos de sua casa.
“Creio que descobriram que mesma existência hoje da que o papa Pio XII chamava ‘esta vibrante comunidade’ deve-se aos esforços secretos deste papa para salvar cada vida”, disse. “Pio XII fez o que pôde, quando estava sob a ameaça de invasão, de morte, cercado por forças hostis e com espiões infiltrados”.
Elliot Hershberg, presidente da Pave the Way Foundation, acrescenta: “No serviço de nossa missão, nos empenhamos em tentar oferecer uma solução para esta controvérsia, que atinge mais de 1 bilhão de pessoas”.
“Temos usado nossos links internacionais para obter e inserir em nosso site 46.000 páginas de documentos originais, artigos originais, testemunhos oculares e entrevistas com especialistas para oferecer esta documentação pronta a historiadores e especialistas.”
“A publicidade internacional deste projeto tem levado, a cada semana, nova documentação, que mostra como estamos nos movendo para eliminar o bloqueio acadêmico que existe desde 1963.”
Filme sobre virtudes de São Josemaría Escrivá
Por Antonio Gaspari
ROMA, quarta-feira, 27 de julho 2011 (ZENIT.org) – Um conspirador eficaz e astuto fundou uma poderosa organização católica? Não: foi um padre profundamente humano, que fez do perdão, da compaixão e da bondade a sua missão e testemunho.
É o que se vê em “There Be Dragons”, um filme sobre o fundador do Opus Dei, com pré-estreia em 30 de julho no Fiuggi Family Festival.
Dirigido por Roland Joffé (A Missão e Os Gritos do Silêncio), o filme narra a história de São Josemaría Escrivá de Balaguer na guerra civil espanhola.
A trama parte de um jornalista espanhol, Roberto, que, pesquisando o passado do pai moribundo, Manolo, descobre não apenas que ele participou da guerra civil como soldado, mas ainda foi amigo de infância de Josemaría Escrivá.
A história é controversa, um lusco-fusco em meio a uma guerra civil na qual o amor e o ódio se banharam de sangue.
Manolo é um espião nas milícias republicanas que massacram os católicos, enquanto Josemaría defende as vítimas e promove a paz pregando o perdão.
O furioso republicano combate porque o seu amor pela revolucionária húngara Ildiko não é correspondido, enquanto o jovem padre apaixonado por Cristo pratica a caridade e funda o Opus Dei.
As histórias opostas de ambos se entrecruzam e se dividem até que, num final surpreendente, o perdão vence o ódio.
Entre os atores, Charlie Cox, de Stardust e Casanova, interpreta Josemaría. Manolo é Wes Bentley, de Beleza Americana. Rodrigo Santoro, de 300, é o revolucionário Oriol. Roberto, filho de Manolo, é Dougray Scott, de O Médico e o Monstro e Desperate Housewives.
O filme já foi exibido na Espanha em 25 de março, seguido de sessões nos Estados Unidos, Portugal e Turquia. O sucesso de público na Espanha superou os 300 mil espectadores nas primeiras três semanas.
Entrevistado por ZENIT, Bruno Mastroianni, porta-voz do Opus Dei na Itália, comentou: "O filme tem o mérito de fazer uma imagem fiel de São Josemaría, contando a sua paixão pelo bem das pessoas acima de ideologias, visões, posições. É um filme que ilustra quem era o fundador do Opus Dei: um homem muito humano e profundamente espiritual, que recorria sempre à oração e nos exortava a afogar o mal na abundância do bem".
O diretor Joffè se disse muito impactado com uma declaração de São Josemaría sobre Deus estar presente na "vida quotidiana", mesmo quando o cotidiano é a guerra civil espanhola.
"Como encontrar o divino na guerra? A mesma pergunta pode ser feita em todos os desafios fundamentais na vida: como enfrentá-los? Como responder ao ódio, à rejeição, ao desejo de vingança ou de justiça? Todos esses dilemas se acentuam nos tempos de guerra. Eles são, de certa forma, os dragões do filme, as encruzilhadas da vida, quando ficamos diante de escolhas complexas, que influenciarão o nosso futuro. There Be Dragons narra as escolhas tão diferentes que as pessoas fazem nessas horas cruciais, e fala do quanto elas são difíceis, mas necessárias, para escapar dos círculos viciosos de ódio, ressentimento e violência”.
A escritora Susanna Tamaro, autora do livro “Và dove ti porta il cuore”, traduzido em mais de 35 línguas, comentou que “There be Dragons” “faz justiça ao jovem Josemaría, mostrando com eficácia a sua natureza, desde a infância, sempre voltada ao bem, ao amor e ao perdão. Eu tenho certeza de que este filme poderá fazer um grande bem às novas gerações, órfãs de figuras que possam ser admiradas e imitadas”.
ROMA, quarta-feira, 27 de julho 2011 (ZENIT.org) – Um conspirador eficaz e astuto fundou uma poderosa organização católica? Não: foi um padre profundamente humano, que fez do perdão, da compaixão e da bondade a sua missão e testemunho.
É o que se vê em “There Be Dragons”, um filme sobre o fundador do Opus Dei, com pré-estreia em 30 de julho no Fiuggi Family Festival.
Dirigido por Roland Joffé (A Missão e Os Gritos do Silêncio), o filme narra a história de São Josemaría Escrivá de Balaguer na guerra civil espanhola.
A trama parte de um jornalista espanhol, Roberto, que, pesquisando o passado do pai moribundo, Manolo, descobre não apenas que ele participou da guerra civil como soldado, mas ainda foi amigo de infância de Josemaría Escrivá.
A história é controversa, um lusco-fusco em meio a uma guerra civil na qual o amor e o ódio se banharam de sangue.
Manolo é um espião nas milícias republicanas que massacram os católicos, enquanto Josemaría defende as vítimas e promove a paz pregando o perdão.
O furioso republicano combate porque o seu amor pela revolucionária húngara Ildiko não é correspondido, enquanto o jovem padre apaixonado por Cristo pratica a caridade e funda o Opus Dei.
As histórias opostas de ambos se entrecruzam e se dividem até que, num final surpreendente, o perdão vence o ódio.
Entre os atores, Charlie Cox, de Stardust e Casanova, interpreta Josemaría. Manolo é Wes Bentley, de Beleza Americana. Rodrigo Santoro, de 300, é o revolucionário Oriol. Roberto, filho de Manolo, é Dougray Scott, de O Médico e o Monstro e Desperate Housewives.
O filme já foi exibido na Espanha em 25 de março, seguido de sessões nos Estados Unidos, Portugal e Turquia. O sucesso de público na Espanha superou os 300 mil espectadores nas primeiras três semanas.
Entrevistado por ZENIT, Bruno Mastroianni, porta-voz do Opus Dei na Itália, comentou: "O filme tem o mérito de fazer uma imagem fiel de São Josemaría, contando a sua paixão pelo bem das pessoas acima de ideologias, visões, posições. É um filme que ilustra quem era o fundador do Opus Dei: um homem muito humano e profundamente espiritual, que recorria sempre à oração e nos exortava a afogar o mal na abundância do bem".
O diretor Joffè se disse muito impactado com uma declaração de São Josemaría sobre Deus estar presente na "vida quotidiana", mesmo quando o cotidiano é a guerra civil espanhola.
"Como encontrar o divino na guerra? A mesma pergunta pode ser feita em todos os desafios fundamentais na vida: como enfrentá-los? Como responder ao ódio, à rejeição, ao desejo de vingança ou de justiça? Todos esses dilemas se acentuam nos tempos de guerra. Eles são, de certa forma, os dragões do filme, as encruzilhadas da vida, quando ficamos diante de escolhas complexas, que influenciarão o nosso futuro. There Be Dragons narra as escolhas tão diferentes que as pessoas fazem nessas horas cruciais, e fala do quanto elas são difíceis, mas necessárias, para escapar dos círculos viciosos de ódio, ressentimento e violência”.
A escritora Susanna Tamaro, autora do livro “Và dove ti porta il cuore”, traduzido em mais de 35 línguas, comentou que “There be Dragons” “faz justiça ao jovem Josemaría, mostrando com eficácia a sua natureza, desde a infância, sempre voltada ao bem, ao amor e ao perdão. Eu tenho certeza de que este filme poderá fazer um grande bem às novas gerações, órfãs de figuras que possam ser admiradas e imitadas”.
O problema do mal
Por Dom Murilo Krieger
SALVADOR, terça-feira, 26 de julho de 2011 (ZENIT.org) – “Você acredita em Deus?” Com essa pergunta, a jornalista terminava uma longa entrevista com um conhecido esportista nacional. A resposta que ele lhe deu chamou minha atenção, porque expressa o que muita gente pensa a respeito do problema do mal. O drama e a angústia do esportista são a angústia e o drama de inúmeras pessoas, em situações, épocas e lugares diferentes: “É difícil dizer que acredito em Deus. Quanto mais desgraças vejo na vida, menos acredito em Deus. É uma confusão na minha cabeça; não encontro explicação para o que acontece. Por que é que meu filho nasce em berço de ouro, enquanto outro, infeliz, nasce para sofrer, morrer de doença, e há tudo isso de triste que a gente vê na vida? É uma coisa que não entendo e, como não tenho explicação, é difícil de acreditar em um Ser superior.”
O mal, o sofrimento e a doença fazem parte de nosso cotidiano. As injustiças, a fome e a dor são tão frequentes em nosso mundo que parecem ser normais e obrigatórias. Fôssemos colocar em uma biblioteca todos os livros já escritos para tentar explicar o porquê dessa realidade, ficaríamos surpresos com sua quantidade.
Para o cristão, mais do que um culpado, o mal tem uma causa: a liberdade. Fomos criados livres, com a possibilidade de escolher nossos caminhos. Podemos, pois, fazer tanto o bem quanto o mal. Se não tivéssemos inteligência e vontade, não existiria o mal no mundo; se fossemos meros robôs, também não. Por outro lado, sem liberdade não haveria o bem e nem saberíamos o que é um gesto de amor. Também não conheceríamos o sentido de palavras como gratidão, amizade, solidariedade e lealdade.
O mal nasce do abuso da liberdade ou da falta de amor. Nem sempre ele é feito consciente ou voluntariamente. Quanto sofrimento acontece por imprudência! Poderíamos recordar os motoristas que abusam da velocidade ou que dirigem embriagados, e acabam mutilando e matando pessoas inocentes. Não é da vontade de Deus que isso aconteça. Mas Ele não vai corrigir cada um de nossos erros e descuidos. Não impedirá, por exemplo, que o gás que ficou ligado na casa fechada asfixie o idoso que ali dorme. Repito: Deus não intervém a todo momento para modificar as leis da natureza ou para corrigir os erros humanos.
O que mais nos angustia, talvez pela gravidade das consequências, é o mal causado pela violência, pelo ódio e egoísmo. Os assassinatos e roubos, os sequestros e acidentes, as guerras e destruições são como que pegadas da passagem do homem pelo mundo. O mal acontece porque usamos de forma errada nossa liberdade ou não aceitamos o plano de Deus, expresso nos mandamentos. Quando nos deixamos levar pelo egoísmo e seguimos nossas próprias ideias, construímos o nosso mundo, não o mundo desejado por Deus para nós.
Outro imenso campo de sofrimento é o das injustiças. Quantos se aproveitam de sua posição e de seu poder para se enriquecer sempre mais, à custa da miséria dos fracos e do sofrimento dos indefesos! Terrível poder o nosso: podemos fechar-nos em nosso próprio mundo e contemplar, indiferentes, a desgraça dos outros.
Não se pode, também, esquecer o mal causado pela natureza, quando suas leis não são respeitadas. Com muita propriedade, o povo diz: “Deus perdoa sempre; o homem, nem sempre; a natureza, nunca!” A devastação das florestas e a contaminação das águas fluviais trazem consequências inevitáveis, permanentes e dolorosas para a vida da humanidade. Culpa de Deus?...
Diante do mal, não podemos ter uma atitude de mera resignação. Cristo nos ensina a lutar, combatendo o mal em suas causas. O bom uso da liberdade e a prática do bem nos ajudarão a construir o mundo que o Pai sonhou para nós. Descobriremos, então, que somos muito mais responsáveis por nossos atos do que imaginamos. Fugir dessa responsabilidade, procurando fora de nós a culpa de nossos erros é uma atitude cômoda, ineficiente e incoerente. Assumirmos a própria história, colocando nossas capacidades a serviço dos outros, é uma tarefa exigente, sim, mas que nos dignifica e nos realiza como seres humanos e filhos de Deus.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj, é arcebispo de São Salvador da Bahia
SALVADOR, terça-feira, 26 de julho de 2011 (ZENIT.org) – “Você acredita em Deus?” Com essa pergunta, a jornalista terminava uma longa entrevista com um conhecido esportista nacional. A resposta que ele lhe deu chamou minha atenção, porque expressa o que muita gente pensa a respeito do problema do mal. O drama e a angústia do esportista são a angústia e o drama de inúmeras pessoas, em situações, épocas e lugares diferentes: “É difícil dizer que acredito em Deus. Quanto mais desgraças vejo na vida, menos acredito em Deus. É uma confusão na minha cabeça; não encontro explicação para o que acontece. Por que é que meu filho nasce em berço de ouro, enquanto outro, infeliz, nasce para sofrer, morrer de doença, e há tudo isso de triste que a gente vê na vida? É uma coisa que não entendo e, como não tenho explicação, é difícil de acreditar em um Ser superior.”
O mal, o sofrimento e a doença fazem parte de nosso cotidiano. As injustiças, a fome e a dor são tão frequentes em nosso mundo que parecem ser normais e obrigatórias. Fôssemos colocar em uma biblioteca todos os livros já escritos para tentar explicar o porquê dessa realidade, ficaríamos surpresos com sua quantidade.
Para o cristão, mais do que um culpado, o mal tem uma causa: a liberdade. Fomos criados livres, com a possibilidade de escolher nossos caminhos. Podemos, pois, fazer tanto o bem quanto o mal. Se não tivéssemos inteligência e vontade, não existiria o mal no mundo; se fossemos meros robôs, também não. Por outro lado, sem liberdade não haveria o bem e nem saberíamos o que é um gesto de amor. Também não conheceríamos o sentido de palavras como gratidão, amizade, solidariedade e lealdade.
O mal nasce do abuso da liberdade ou da falta de amor. Nem sempre ele é feito consciente ou voluntariamente. Quanto sofrimento acontece por imprudência! Poderíamos recordar os motoristas que abusam da velocidade ou que dirigem embriagados, e acabam mutilando e matando pessoas inocentes. Não é da vontade de Deus que isso aconteça. Mas Ele não vai corrigir cada um de nossos erros e descuidos. Não impedirá, por exemplo, que o gás que ficou ligado na casa fechada asfixie o idoso que ali dorme. Repito: Deus não intervém a todo momento para modificar as leis da natureza ou para corrigir os erros humanos.
O que mais nos angustia, talvez pela gravidade das consequências, é o mal causado pela violência, pelo ódio e egoísmo. Os assassinatos e roubos, os sequestros e acidentes, as guerras e destruições são como que pegadas da passagem do homem pelo mundo. O mal acontece porque usamos de forma errada nossa liberdade ou não aceitamos o plano de Deus, expresso nos mandamentos. Quando nos deixamos levar pelo egoísmo e seguimos nossas próprias ideias, construímos o nosso mundo, não o mundo desejado por Deus para nós.
Outro imenso campo de sofrimento é o das injustiças. Quantos se aproveitam de sua posição e de seu poder para se enriquecer sempre mais, à custa da miséria dos fracos e do sofrimento dos indefesos! Terrível poder o nosso: podemos fechar-nos em nosso próprio mundo e contemplar, indiferentes, a desgraça dos outros.
Não se pode, também, esquecer o mal causado pela natureza, quando suas leis não são respeitadas. Com muita propriedade, o povo diz: “Deus perdoa sempre; o homem, nem sempre; a natureza, nunca!” A devastação das florestas e a contaminação das águas fluviais trazem consequências inevitáveis, permanentes e dolorosas para a vida da humanidade. Culpa de Deus?...
Diante do mal, não podemos ter uma atitude de mera resignação. Cristo nos ensina a lutar, combatendo o mal em suas causas. O bom uso da liberdade e a prática do bem nos ajudarão a construir o mundo que o Pai sonhou para nós. Descobriremos, então, que somos muito mais responsáveis por nossos atos do que imaginamos. Fugir dessa responsabilidade, procurando fora de nós a culpa de nossos erros é uma atitude cômoda, ineficiente e incoerente. Assumirmos a própria história, colocando nossas capacidades a serviço dos outros, é uma tarefa exigente, sim, mas que nos dignifica e nos realiza como seres humanos e filhos de Deus.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj, é arcebispo de São Salvador da Bahia
Jovens “enraizados em Cristo”
Por Cardeal Odilo Scherer
SÃO PAULO, terça-feira, 26 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Aproxima-se a Jornada Mundial da Juventude da Espanha. A partir de 10 de agosto, jovens de todos os países do mundo chegarão às dioceses espanholas para participar da pré-jornada; serão acolhidos pelos jovens espanhóis e, com eles, compartilharão experiências, a alegria da mesma fé e a pertença à Igreja de Cristo; tudo, numa grande variedade de línguas, culturas e tradições, mas irmanados na mesma Família de Deus.
O Brasil estará bem representado por mais de 13 mil jovens. Boa parte deles desembarcará na Andaluzia, em cidades como Sevilha, Granada e Córdoba. Será uma experiência religiosa cultural única! A história colonial do Brasil está bem ligada também à Espanha.
Depois, a partir de 15 de agosto, centenas de milhares de jovens encherão de vida e alegria a capital, Madrid. Nos dias 17, 18 e 19, haverá catequeses, celebrações, eventos religiosos e culturais e interações entre os jovens, distribuídos em muitos grupos linguísticos. Dia 19, chegará também o papa Bento 16 e será acolhido pelos jovens. Dia 20, sábado, haverá a grande vigília dos jovens com o papa; será bonita e valerá a pena acompanhar pela TV. Dia 21, domingo, a missa com o papa e a conclusão da jornada, com o anúncio do país e da cidade que serão a sede da próxima, em 2013. Esperamos que seja o Brasil!
O tema escolhido pelo papa Bento 16 para a Jornada da Espanha é belo, profundo e muito atual: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl. 2,7). Vamos refletir sobre este tema, começando pela 1ª parte. O texto é da Carta aos Colossenses e São Paulo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na sua fé em Cristo.
O tema aponta para algo central na vida cristã: nossa referência e relação com Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele e dele receber um sentido novo para a vida, mediante a fé e o Batismo. Para São Paulo, isso significa “estar nele”, ser edificados sobre ele, estar enraizados nele. Sem esta referência essencial a Cristo, o cristão perde o rumo e a Igreja, o seu sentido.
“Enraizados em Cristo” – isso nos lembra a parábola do semeador. A semente que caiu em terreno pedregoso brotou logo, a plantinha até começou a crescer, mas logo secou, porque não conseguiu afundar as raízes, a terra era pouca, havia muita pedra. Planta sem raiz seca logo e não produz fruto. Árvore com raiz apenas superficial é arrancada pelo vento...
Vivemos tempos de superficialidade, de consumismo, a cultura do descartável, dos modismos passageiros, das novidades que suplantam as convicções a toda hora. Certezas duradouras estão fora de moda! E isso tende a invadir também o campo religioso e das certezas morais. Nada de novo sob o sol: já São Paulo advertia seu jovem colaborador Timóteo a se manter firme na fé e a não diluir o Evangelho, só para satisfazer ao gosto “daqueles que têm comichão no ouvido” e desviam sua atenção da verdade, para ir atrás de fábulas (cf. 2Tm 4,1-5). Isso vale ainda hoje, quando a verdade é trocada pelos sentimentos, emoções ou satisfações imediatas; ou ainda, quando a verdade, o bem e os valores são medidos pela balança do lucro e das vaidades!
“Enraizados em Cristo”: os cristãos, jovens e não-jovens, são convidados a lançar suas raízes em Cristo, para não serem como plantas arrastadas pelas correntes e tempestades, folhas secas, caniços agitados pelo vento” (cf Mt 11,7). O cristão precisa ter convicções firmes e bem fundamentadas, aprendidas do Evangelho, da fé vivida pela Igreja, do testemunho dos santos, dos mártires. A verdade não é medida por aquilo que todos dizem ou fazem: Jesus Cristo é, para nós e para o mundo, “caminho, a verdade e a vida”.
Publicado em O SÃO PAULO, edição de 26/7/2011
Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo
SÃO PAULO, terça-feira, 26 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Aproxima-se a Jornada Mundial da Juventude da Espanha. A partir de 10 de agosto, jovens de todos os países do mundo chegarão às dioceses espanholas para participar da pré-jornada; serão acolhidos pelos jovens espanhóis e, com eles, compartilharão experiências, a alegria da mesma fé e a pertença à Igreja de Cristo; tudo, numa grande variedade de línguas, culturas e tradições, mas irmanados na mesma Família de Deus.
O Brasil estará bem representado por mais de 13 mil jovens. Boa parte deles desembarcará na Andaluzia, em cidades como Sevilha, Granada e Córdoba. Será uma experiência religiosa cultural única! A história colonial do Brasil está bem ligada também à Espanha.
Depois, a partir de 15 de agosto, centenas de milhares de jovens encherão de vida e alegria a capital, Madrid. Nos dias 17, 18 e 19, haverá catequeses, celebrações, eventos religiosos e culturais e interações entre os jovens, distribuídos em muitos grupos linguísticos. Dia 19, chegará também o papa Bento 16 e será acolhido pelos jovens. Dia 20, sábado, haverá a grande vigília dos jovens com o papa; será bonita e valerá a pena acompanhar pela TV. Dia 21, domingo, a missa com o papa e a conclusão da jornada, com o anúncio do país e da cidade que serão a sede da próxima, em 2013. Esperamos que seja o Brasil!
O tema escolhido pelo papa Bento 16 para a Jornada da Espanha é belo, profundo e muito atual: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl. 2,7). Vamos refletir sobre este tema, começando pela 1ª parte. O texto é da Carta aos Colossenses e São Paulo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na sua fé em Cristo.
O tema aponta para algo central na vida cristã: nossa referência e relação com Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele e dele receber um sentido novo para a vida, mediante a fé e o Batismo. Para São Paulo, isso significa “estar nele”, ser edificados sobre ele, estar enraizados nele. Sem esta referência essencial a Cristo, o cristão perde o rumo e a Igreja, o seu sentido.
“Enraizados em Cristo” – isso nos lembra a parábola do semeador. A semente que caiu em terreno pedregoso brotou logo, a plantinha até começou a crescer, mas logo secou, porque não conseguiu afundar as raízes, a terra era pouca, havia muita pedra. Planta sem raiz seca logo e não produz fruto. Árvore com raiz apenas superficial é arrancada pelo vento...
Vivemos tempos de superficialidade, de consumismo, a cultura do descartável, dos modismos passageiros, das novidades que suplantam as convicções a toda hora. Certezas duradouras estão fora de moda! E isso tende a invadir também o campo religioso e das certezas morais. Nada de novo sob o sol: já São Paulo advertia seu jovem colaborador Timóteo a se manter firme na fé e a não diluir o Evangelho, só para satisfazer ao gosto “daqueles que têm comichão no ouvido” e desviam sua atenção da verdade, para ir atrás de fábulas (cf. 2Tm 4,1-5). Isso vale ainda hoje, quando a verdade é trocada pelos sentimentos, emoções ou satisfações imediatas; ou ainda, quando a verdade, o bem e os valores são medidos pela balança do lucro e das vaidades!
“Enraizados em Cristo”: os cristãos, jovens e não-jovens, são convidados a lançar suas raízes em Cristo, para não serem como plantas arrastadas pelas correntes e tempestades, folhas secas, caniços agitados pelo vento” (cf Mt 11,7). O cristão precisa ter convicções firmes e bem fundamentadas, aprendidas do Evangelho, da fé vivida pela Igreja, do testemunho dos santos, dos mártires. A verdade não é medida por aquilo que todos dizem ou fazem: Jesus Cristo é, para nós e para o mundo, “caminho, a verdade e a vida”.
Publicado em O SÃO PAULO, edição de 26/7/2011
Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo
Santa Sé pede maior controle sobre tráfico de armas
Santa Sé pede maior controle sobre tráfico de armas
Falta de regulação repercute nos conflitos locais e na violência urbana
NOVA YORK, terça-feira, 26 de julho de 2011 (ZENIT.org) – O comércio ilegal de armas contribui para inúmeras situações de sofrimento humano. Faz-se necessária uma série de normas regulativas nesse âmbito, afirma a Santa Sé.
Em uma declaração preparada para o Terceiro Comitê Preparatório para a Conferência da ONU sobre o Tratado do Comércio de Armas (11 a 15 de julho em Nova York), a delegação da Santa Sé expressou seu apoio a parâmetros acordados internacionalmente que serão debatidos no ano que vem, na Conferência sobre o Comércio de Armas.
“Em muitas partes do mundo” – começa a declaração – “o comércio ilícito de armas e de munição tem provocado sofrimento humano, conflitos internos, distúrbios civis, violações dos direitos humanos, crises humanitárias, crime, violência e terror”.
“O comércio não regulado e não transparente e a ausência de sistemas de monitoramento efetivos do comércio de armas no âmbito internacional trazem sérias consequências humanitárias, detêm o desenvolvimento humano integral, comprometem o Estado de Direito, fazem aumentar os conflitos e a instabilidade em todo o mundo, colocam em risco os processos de paz nos diferentes países e geram uma cultura da violência e da impunidade.”
A declaração da delegação da Santa Sé na ONU afirma que as armas “não deveriam ser consideradas um tipo de mercadoria a mais à venda”.
“São necessários todos os esforços para prevenir a proliferação de todos os tipos de armas, que alentam as guerras locais e a violência e matam muitas pessoas no mundo todos os dias”, destaca a delegação.
“Daí a urgência da adoção de um instrumento legal, que a Santa Sé apoia plenamente, com medidas legais vinculantes sobre o controle do comércio de armas e munições convencionais no âmbito internacional, nacional e regional.”
Em uma declaração preparada para o Terceiro Comitê Preparatório para a Conferência da ONU sobre o Tratado do Comércio de Armas (11 a 15 de julho em Nova York), a delegação da Santa Sé expressou seu apoio a parâmetros acordados internacionalmente que serão debatidos no ano que vem, na Conferência sobre o Comércio de Armas.
“Em muitas partes do mundo” – começa a declaração – “o comércio ilícito de armas e de munição tem provocado sofrimento humano, conflitos internos, distúrbios civis, violações dos direitos humanos, crises humanitárias, crime, violência e terror”.
“O comércio não regulado e não transparente e a ausência de sistemas de monitoramento efetivos do comércio de armas no âmbito internacional trazem sérias consequências humanitárias, detêm o desenvolvimento humano integral, comprometem o Estado de Direito, fazem aumentar os conflitos e a instabilidade em todo o mundo, colocam em risco os processos de paz nos diferentes países e geram uma cultura da violência e da impunidade.”
A declaração da delegação da Santa Sé na ONU afirma que as armas “não deveriam ser consideradas um tipo de mercadoria a mais à venda”.
“São necessários todos os esforços para prevenir a proliferação de todos os tipos de armas, que alentam as guerras locais e a violência e matam muitas pessoas no mundo todos os dias”, destaca a delegação.
“Daí a urgência da adoção de um instrumento legal, que a Santa Sé apoia plenamente, com medidas legais vinculantes sobre o controle do comércio de armas e munições convencionais no âmbito internacional, nacional e regional.”
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Bento XVI em férias: saiba mais sobre o dia a dia do Papa.
Todos os anos, entre meados de julho até fim de setembro, a pequena cidade italiana de Castel Gandolfo, com exatos 8.834 habitantes, localizada a 30 quilômetros de Roma, aguarda a chegada de um hóspede ilustre: o Papa.
Castel Gandolfo possui vários pontos turísticos, mas nada consegue atrair tanta gente neste período como a oração mariana do Angelus, aos domingos, que não é suspensa mesmo durante as férias do Pontífice.
Mas o que o Papa faz exatamente durante os dois meses de repouso? Será que as férias de Bento XVI são iguais às de todo mundo? Essas são perguntas que surgem a todo momento. Para chegar às respostas, é preciso levar em conta que o Santo Padre é um grande teólogo e, portanto, um grande estudioso. Prova disso é que todos os volumes da obra Jesus de Nazaré foram escritos ou concluídos justamente nesse período.
Outro detalhe que também pode suprir um pouco da "curiosidade geral" é que a vida de um Papa nunca para, mesmo durante um longo período de descanso. A Igreja nunca entra de férias.
"Durante este tempo, existem situações referentes à atualidade da Igreja. Sendo assim, os colaboradores da Santa Sé o procuram para pedir orientações e apresentar documentos. Esse tempo deveria ser de repouso, mas não é somente de repouso”, explica o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em entrevista exclusiva ao noticias.cancaonova.com.
Expectativa
O repouso do Papa sempre é muito frutuoso. Os jornalistas ficam ansiosos à espera do "resultado" das férias daquele ano ou de notícias referentes a viagens apostólicas e mudanças em organismos da Santa Sé.
Uma das notícias divulgadas recentemente refere-se à conclusão da obra Jesus de Nazaré, cuja terceira parte abordará a infância de Jesus. Esse foi um dos motivos que levaram o Papa a não se transferir para o Vale d'Aosta, região montanhosa localizada no Norte da Itália, onde o seu predecessor, o Beato João Paulo II, gostava de se refugiar.
"O Papa procura ter um ritmo mais tranquilo, mas ele não é uma pessoa que perde tempo", destaca padre Lombardi. Ele explica ainda que, durante as férias deste ano, Bento XVI está se preparando para três eventos importantes: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – que acontece entre 16 e 21 de agosto –, o Congresso Eucarístico Italiano – em Ancona, em 11 de setembro – e a Viagem Apostólica para a Alemanha – entre os dias 22 e 25 de setembro.
Dia a dia
O porta-voz da Santa Sé conta em detalhes a rotina diária do Santo Padre em Castel Gandolfo. O Papa levanta-se cedo e dedica grande tempo à oração, intercalando com a Missa privada e a Oração da Liturgia das Horas.
"Além disso, na parte da manhã, quando não existem outros compromissos, realiza algo de caráter mais 'intelectual', dedicando-se ao estudo e à reflexão. Castel Gandolfo oferece ainda a possibilidade de passear nos jardins da casa, que são muito belos. Ele faz esses passeios uma ou duas vezes todos os dias", explica Lombardi.
O Santo Padre também é um musicista que ama as obras do compositor austríaco Mozart. Por isso, o Palácio possui um piano em que Bento XVI passa horas executando suas peças musicais preferidas. Sabendo da paixão do Pontífice pela música, as férias deste ano em Castel Gandolfo também estarão repletas de homenagens musicais.
"Estão previstos dois momentos: um será uma pequena celebração em que será conferido o título de cidadão de Traunstein, a pequena cidade alemã onde ele viveu parte de sua juventude. Nesse momento, a banda daquela cidade irá tocar em sua homenagem. No mês de agosto, também haverá um concerto com um quinteto de arcos que será apreciado pelo Papa ao lado de seu irmão mais velho, Georg Ratzinger", conta o porta-voz da Santa Sé.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282824
Castel Gandolfo possui vários pontos turísticos, mas nada consegue atrair tanta gente neste período como a oração mariana do Angelus, aos domingos, que não é suspensa mesmo durante as férias do Pontífice.
Mas o que o Papa faz exatamente durante os dois meses de repouso? Será que as férias de Bento XVI são iguais às de todo mundo? Essas são perguntas que surgem a todo momento. Para chegar às respostas, é preciso levar em conta que o Santo Padre é um grande teólogo e, portanto, um grande estudioso. Prova disso é que todos os volumes da obra Jesus de Nazaré foram escritos ou concluídos justamente nesse período.
Outro detalhe que também pode suprir um pouco da "curiosidade geral" é que a vida de um Papa nunca para, mesmo durante um longo período de descanso. A Igreja nunca entra de férias.
"Durante este tempo, existem situações referentes à atualidade da Igreja. Sendo assim, os colaboradores da Santa Sé o procuram para pedir orientações e apresentar documentos. Esse tempo deveria ser de repouso, mas não é somente de repouso”, explica o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em entrevista exclusiva ao noticias.cancaonova.com.
Expectativa
O repouso do Papa sempre é muito frutuoso. Os jornalistas ficam ansiosos à espera do "resultado" das férias daquele ano ou de notícias referentes a viagens apostólicas e mudanças em organismos da Santa Sé.
Uma das notícias divulgadas recentemente refere-se à conclusão da obra Jesus de Nazaré, cuja terceira parte abordará a infância de Jesus. Esse foi um dos motivos que levaram o Papa a não se transferir para o Vale d'Aosta, região montanhosa localizada no Norte da Itália, onde o seu predecessor, o Beato João Paulo II, gostava de se refugiar.
"O Papa procura ter um ritmo mais tranquilo, mas ele não é uma pessoa que perde tempo", destaca padre Lombardi. Ele explica ainda que, durante as férias deste ano, Bento XVI está se preparando para três eventos importantes: a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – que acontece entre 16 e 21 de agosto –, o Congresso Eucarístico Italiano – em Ancona, em 11 de setembro – e a Viagem Apostólica para a Alemanha – entre os dias 22 e 25 de setembro.
Dia a dia
O porta-voz da Santa Sé conta em detalhes a rotina diária do Santo Padre em Castel Gandolfo. O Papa levanta-se cedo e dedica grande tempo à oração, intercalando com a Missa privada e a Oração da Liturgia das Horas.
"Além disso, na parte da manhã, quando não existem outros compromissos, realiza algo de caráter mais 'intelectual', dedicando-se ao estudo e à reflexão. Castel Gandolfo oferece ainda a possibilidade de passear nos jardins da casa, que são muito belos. Ele faz esses passeios uma ou duas vezes todos os dias", explica Lombardi.
O Santo Padre também é um musicista que ama as obras do compositor austríaco Mozart. Por isso, o Palácio possui um piano em que Bento XVI passa horas executando suas peças musicais preferidas. Sabendo da paixão do Pontífice pela música, as férias deste ano em Castel Gandolfo também estarão repletas de homenagens musicais.
"Estão previstos dois momentos: um será uma pequena celebração em que será conferido o título de cidadão de Traunstein, a pequena cidade alemã onde ele viveu parte de sua juventude. Nesse momento, a banda daquela cidade irá tocar em sua homenagem. No mês de agosto, também haverá um concerto com um quinteto de arcos que será apreciado pelo Papa ao lado de seu irmão mais velho, Georg Ratzinger", conta o porta-voz da Santa Sé.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=282824
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Videos sobre o Padre León Dehon
Videos sobre o Padre León Dehon, fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.
Todos eles tem o mesmo clipe, o que muda é a música e o idioma.
Vídeos diversos
Videos produzidos por mim:
Azambuja, Brusque:
(Nova Trento)
Arquidiocese de Florianópolis:
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger scj
Homossexualidade, Catolicismo e Liberdade de Pe. Dr. Helio Luciano
Pensei em escerever algo sobre a polêmica da homofobia, mas desisti ao ler este texto fantástico que diz tudo :
Homossexualidade, Catolicismo e Liberdade
Nos últimos dias temos presenciado uma série de manifestações ligadas à temática homossexual, associadas: à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável de casais homossexuais; ao projeto de lei sobre a chamada “homofobia”; ou ainda relacionadas às polêmicas feitas pelo senhor deputado Bolsonaro. Em meio a toda essa confusão, tentemos aclarar um pouco as ideias.
Homossexualidade, Catolicismo e Liberdade
Nos últimos dias temos presenciado uma série de manifestações ligadas à temática homossexual, associadas: à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável de casais homossexuais; ao projeto de lei sobre a chamada “homofobia”; ou ainda relacionadas às polêmicas feitas pelo senhor deputado Bolsonaro. Em meio a toda essa confusão, tentemos aclarar um pouco as ideias.
Creio que, em primeiro lugar, devemos dar um basta às ideologias e à falta de racionalidade – da parte de todos. Do lado católico – que nem sempre tem se comportado como deveria – a Igreja deixa claríssimo que a atitude em relação a uma pessoa com tendências homossexuais é a de acolher com respeito, compaixão e delicadeza, evitando, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação (Catecismo da Igreja Católica, n.2358). Por outro lado, da parte dos que defendem a homossexualidade, não pode existir uma ditadura que condene de imediato as opiniões contrárias àquelas que eles defendem.
Deixando claro este ponto e respeitando quem defende opiniões contrárias – ainda que racionalmente acredite que aquelas opiniões estão equivocadas – racionalmente defendo que a atividade homossexual é contrária ao modo próprio de ser, ou seja, contrária à própria natureza humana. Insisto no termo “racional” porque não defendo essa posição devido à minha fé, mas porque a minha razão me permite ver que é algo contrário ao amor. Sem nenhuma intenção de ofender às pessoas que tenham essa tendência, parece-me claro que o que sentem é uma atração sexual – quase sempre reduzida apenas a essa dimensão. Acaso o amor não é mais que a mera sexualidade?
Uma prova do que disse antes, é que existem apenas 60 mil pessoas no Brasil que se “casaram” com pessoas do seu mesmo sexo. Não chega a 0,04% da população brasileira. Perdoem-me a ironia, mas existem mais pessoas com a “unha encravada” que casais homossexuais e nem por isso temos leis que defendam as pessoas com “unha encravada”. Para que legislar a um grupo de 0,04%? Não me interpretem mal – ainda acreditando que seja um erro, não pretendo de nenhum modo proibir ou tirar a liberdade dessas pessoas de viverem a sexualidade como queiram. Porém criar leis – que moldam uma sociedade – defendendo a homossexualidade e a união homossexual como família, que poderia inclusive adotar filhos, parece-me uma ofensa à democracia e à educação da nossa sociedade. Querer, através de uma lei, proibir qualquer tipo de manifestação de quem tem uma opinião contrária à “politicamente correta” é uma ofensa não ao catolicismo ou à religião, mas à liberdade de pensar, à liberdade de expressão. Trata-se, como disse Reinaldo Azevedo em seu blog, de uma ditadura do politicamente correto.
É democrático que, enquanto 62% da população brasileira seja contrária à união homossexual, essa seja imposta pelo Supremo Tribunal Federal de modo claramente contrário ao artigo 226 da Constituição Federal? Não só não é democrático, como é inconstitucional – mas a quem nos queixaremos, se é o STF quem decide a constitucionalidade?
Sem prolongar mais, concluo dizendo que como católicos não somos e jamais seremos “homofóbicos”. O que defendemos é que não mudem inconstitucionalmente o modelo de família, base de toda sociedade e que não inculquem em nossos filhos uma educação pró-homossexual. Como católicos não somos e jamais seremos contrários à liberdade de que pessoas homossexuais vivam de um modo que não estamos de acordo, mas o que queremos é também a liberdade de poder dizer claramente o que pensamos, sem medo de que isso seja crime. O único que pedimos é LIBERDADE!!!
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Por Pe. Dr. Helio Luciano é graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Filosofia Eclesiástica e Teologia pela Universidade de Navarra (UN); Mestre em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade de Navarra (UN); Mestrando em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (PUSC); Doutorando em Bioética pela Faculdade de Medicina do Campus Biomedico di Roma (UNICAMPUS); Membro da Comissão de Bioética da CNBB.
Fonte:http://www.catedralflorianopolis.com/site/noticia.php?cod=186
segunda-feira, 18 de julho de 2011
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