Total de visualizações de página

sábado, 16 de junho de 2012

Uma Congregação que pertence ao Sagrado Coração de Jesus







Um coração para amar, para perdoar e sentir, para chorar e sorrir, ao me criar tu me destes”, canta Pe. Zezinho que, não por coincidência, é um sacerdote da Congregação, nascida exatamente do Coração de Cristo. 
A Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, os chamados dehonianos, surgiu da contemplação de um coração aberto. Pe. João Leon Dehon, fundador, viveu numa época de transformações e de rupturas políticas e culturais que desestabilizaram a Igreja enraizada num terreno sócio-cultural, destruído pela revolução francesa.
Neste contexto, ele olha para o coração aberto de Cristo, vê as constantes incoerências e ofensas feitas ao Salvador e percebe ali a necessidade da reparação. Portanto, é do Sagrado Coração que nasce um carisma que anseia por tornar o amor amado, e assim fazer por aqueles que não o fazem.
...um coração pra sonhar, inquieto e sempre a bater, ansioso por entender as coisas que tu disseste”, segue a música de Pe. Zezinho. Este símbolo do coração é muito mais forte do que imaginamos, ele é o “órgão” da religião, pois Cristo vive no coração do homem (cf. Ef 3,17).
Do ocidente ao oriente, o coração é muito mais do que um órgão físico que bombeia o sangue.  Para os egípcios, ele era o centro de todos os impulsos espirituais: a sede da inteligência, da vontade e dos sentimentos e, ainda mais, símbolo da vida. Na literatura clássica, o coração, além de ser centro do corpo e da vida física, também era a sede das emoções e dos sentimentos, dos instintos e das paixões.
Assim, quando chega à festa em honra ao Sagrado Coração de Jesus, neste ano celebrada no dia 15 de junho, ou mesmo a memória do Imaculado Coração de Maria, é preciso parar e escutar, no silêncio pessoal de cada coração, o pulsar do verdadeiro amor.

A Congregação na Arquidiocese de Florianópolis
... eis o que eu venho te dar, eis o que eu ponho no altar, toma senhor que ele é teu, meu coração não é meu”. Nesta certeza é que muitas pessoas aderem ao Carisma da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Nela, forma a família dehoniana composta, além dos fraters e sacerdotes, pelos leigos dehonianos, Missão Dehoniana Juvenil e Fraternidade Mariana. Em nossa Arquidiocese, são 26 sacerdotes atuando em oito casas.
Além disso, há uma extensão de obras e trabalhos. Na área da educação, a cidade de Brusque abriga duas instituições.  O Colégio São Luís, mantido pela Associação Beneficente Coração de Jesus, da Congregação Dehoniana, tem São Luís Gonzaga, protetor da juventude, como seu patrono. 
Há também a Faculdade São Luís que foi oficializada no ano de 2000, credenciada e autorizada pelo Ministério da Educação (MEC). Contudo, o primeiro curso de Filosofia, oferecido pela Congregação no município, surgiu em 1933 e jamais parou de atender.
Para a formação dos seminaristas, existe o Seminário Filosófico do Convento Sagrado Coração de Jesus e da Casa Dehon. Esta última também serve como casa de retiros.
Ao todo, cinco paróquias são administradas pela Congregação:
- Paróquia São José, em Botuverá;
- Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Guabiruba;
- Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Florianópolis;
- Paróquia São Cristóvão, em Itajaí;
- Paróquia São Luís Gonzaga, em Brusque.
Só na cidade de Brusque, os padres dehonianos estão há mais de um século, contruindo uma história inegavelmente frutífera em obras. “Talvez não se fale diretamente do carisma dehoniano, mas se vive intensamente ele”, explica Pe. Hélio Feuser, SCJ, diretor da Casa Dehon.
Vale destacar, como manifestações do carisma dehoniano, o extenso trabalho da Ação Social e também o atendimento diário para a confissão. “Somos chamados de ministros da reconciliação, como sinal também de nosso carisma” explica Pe. Hélio. “O povo tem sede de ser ouvido e amado, para isso estamos aqui, afinal todo nosso trabalho precisa ser carregado de Deus, se não até a mais grandiosa obra social torna-se vazia”, destaca o sacerdote.
Outra obra importante nascida a partir do coração do saudoso sacerdote dehoniano Pe. Léo (in memoriam), e hoje administrada pelo Pe. Vicente de Paula Neto, Bth, também com origem dehoniana, é a Comunidade Bethânia. A Comunidade nasceu a partir da inspiração inicial do Pe. Léo, que procurou dar uma resposta concreta ao problema das drogas na juventude criando uma comunidade católica para oferecer aos jovens uma “casa”, um local de acolhimento. A “sede” da comunidade continua a ser na Arquidiocese de Florianópolis, na cidade de São João Batista.

Dehonianos no mundo*
26 Bispos
1607 sacerdotes
33 diáconos
162 Irmãos (votos perpétuos)
61 Noviços
38 países
4 continentes
* Fonte: www.dehon.it / Referência: 31 de dezembro de 2010.

Leigos consagrados ao carisma dehoniano
Os leigos que encontram no carisma dehoniano o seu chamado de vida podem se tornar leigos dehonianos. Os membros se reúnem para contemplação e vivem em seu dia-a-dia este carisma. Eles precisam fazer um retiro e se consagrar, além de renovar todos os anos os seus votos.
Na cidade de Brusque, existe também o Grupo Viúvas de Santa Mônica que se reúne uma vez por mês, todo terceiro domingo, no salão paroquial. São aproximadamente 40 viúvas que partilham do carisma dehoniano e especialmente do lema: Amor e Reparação.
Os encontros são feitos durante o período matutino, após a tradicional Missa do dia. Primeiro, há um café da manhã, como forma de confraternização. Depois disso, o acompanhador do grupo faz um momento de formação e fecha o dia com uma oração. O grupo faz sempre um retiro anual.
Pascom da Arquidiocese de Florianópolis

Nenhum comentário:

Postar um comentário