Total de visualizações de página

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O povo que se diz católico e a vivência da Semana Santa

Não entendo o que acontece com o povo que se diz católico. Encaram o Tríduo Pascal como feriadão, quando na verdade não é, é tempo santo que, como tal, deve ser vivenciado em sua plenitude. Mas não. Nada de Missas, nada de jejum, nada de coisa alguma. Dizem: Pra que, é bobagem não é?
E as atitudes dos que se dizem católicos, vão à missa, mas, não querem envolvimento nenhum com nada, basta participar da missa ali, mas ai do padre se ultrapassar o tempo de uma hora na celebração da Missa. Vai-se à missa não se sabe bem porque, talvez por tradição, ou porque é preceito e pronto. Mas, não entendem nada e não fazem questão alguma de entender. Afinal, dizem, tem coisas “mais importantes pra fazer”. Mas, afinal de contas, o que é mais importante pro católico? Ficar horas a fio na internet vendo shows sertanejos talvez; ou, assistindo aquela vergonha indecente chamada Em Família, escrita por um autor que se diz católico (Manoel Carlos, ex-seminarista!), pra depois falar por aí que tem que liberar tudo mesmo e a personagem da Giovanna Antonelli tem mais é que largar o marido e ficar com a fotógrafa, afinal de contas, “viva a liberdade”, “vamo liberá geral, woohoo!”.
Ah, sim, as celebrações da semana santa: Tem católico que vai, entende e celebra bem; tem católico que vai, não entende muito bem, mas fica comovido com um deus que morre na cruz; tem católico que vai “pela tradição”, mas acha tudo cansativo e repetitivo; tem católico que não vai porque o patrão obriga a trabalhar “no feriado”; tem católico que não vai porque “tem mais o que fazer”, “pra que esse negócio de Missa direto , né”; tem católico que não vai porque “vai viajar” não sei pra onde (só que nesse lugar sempre tem igreja!; tem católico que não vai porque tem que ir pro supermercado torrar mais uma centena de reais em chocolates (ovos de páscoa caríssimos) que vão ficar semanas entupindo a geladeira e depois tem que preparar a bacalhoada da sexta-feira santa, a feijoada light de sábado e o churrasco sagrado de domingo regado à litros de cerveja barata.
Enquanto isso Jesus esquecido nos sacrários, até porque na adoração de 5ª feira santa pouca gente fica. Acompanhar Jesus na agonia do horto e na sua prisão e julgamento pra quê? “O que importa é o banquete alegre da ceia! Vamos fazer festa!”
Por que é tão difícil para o povo católico viver a sua fé? Por que é tão difícil convencer os que se dizem católicos a participarem verdadeiramente das celebrações?  Será que não entendem, ou, não querem entender?
Qual a dificuldade em entender que a pessoa divina do Filho, por amor à humanidade se encarnou e para oferecer-nos a vida eterna no paraíso sofreu a morte na cruz e depois, por ser Deus, ressuscitou e voltou a glória celeste? Qual a dificuldade em entender que na Missa o sacerdote, agindo “ na pessoa de Cristo” (ou seja, o próprio Cristo age na pessoa do sacerdote) atualiza (ou seja, faz mais uma vez presente, de forma atemporal) o sacrifício redentor de Jesus quando o pão e o vinho são transubstanciados em corpo e sangue de Jesus? Ora , o pão e o vinho mantém aparência de pão e vinho, mas, na sua substância são agora “verdadeiramente” corpo e sangue de Jesus, e, por isso são Jesus totalmente presente. Isso mesmo, um pequeno pedaço de pão consagrado (ou hóstia) ou uma gota de vinho consagrado trazem Jesus totalmente presente. E pelos benefícios dessa presença, que é dada como comida às pessoas, que a Igreja insiste na celebração, ao menos dominical, da Missa!
Além do mais a Igreja segue um calendário litúrgico dentro do qual se vê do seu início ao fim toda a história da humanidade desde a criação até o fim dos tempos!
Veja que beleza  magnífica é a celebração da Santa Missa!

RICARDO BECKER MAÇANEIRO
Brusque, 17/04/2014